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História

Santa Clara

Desde o seu início, a história da freguesia de santa clara esteve sempre ligada a um ambiente religioso e romântico, suscitando o interesse de vários escritores, poetas e outros artistas que escreveram sobre ela longas páginas. Santa Clara estará sempre intimamente ligado à Quinta das Lágrimas e à vida apaixonada de Inês de Castro ou à Fonte dos Amores, na qual, segundo a lenda, a efémera Rainha recebia mensagens de D. Pedro; ou então à figura de D. Joana, a Beltraneja; mais ainda, à imagem de Santa Isabel, ao desenvolvimento do Convento de Santa Clara-a-Velha, ao milagre das rosas ou á trasladação do corpo de Rainha Santa para o Convento de santa Clara-a-Nova.
 
A Freguesia de Santa Clara é fundada no ano 1854.
 
À época, surgiu a necessidade e conveniência de reduzir o número de freguesias da cidade de Coimbra, e de se proceder a uma nova e mais regular circunscrição daquelas que iriam permanecer e, além disso, ao nascimento de outras nos subúrbios.
Desta forma, é publicada no Diário do Governo, do dia 26 de Novembro do referido ano, a Portaria elaborada no Palácio das Necessidades de 20 de Janeiro, onde, onde consta o número de freguesias que se decidiu conservar, a sua circunscrição e os limites de cada uma delas.
 
No art.º1 são enumeradas as nove freguesias existentes à data: são elas: Salvador, São Pedro, São Cristóvão, São João de Almeida, são Bartolomeu, São Tiago de Santa Cruz e Santa Justa.
 
No artigo seguinte indicam-se, das nove, aquelas que permaneceram: Sé Catedral, Sé Velha, São Tiago (ou S. Bartolomeu) e Santa Cruz. È ainda indicado neste artigo o nome das duas novas freguesias suburbanas: Santa Clara e Santo António dos Olivais. À freguesia de Santa Clara foi atribuído o orago S. Francisco e como centro paroquial a Igreja do extinto Convento de S. Francisco da Ponte (por este motivo, em muita documentação há uma utilização alternada dos nomes Santa Clara e S. Francisco da Ponte na denominação da freguesia).
 
No art.º4, podemos ver a circunscrição das freguesia recém criadas.
 
Santa Clara”compreenda todos os fogos e terrenos ao sul do Mondego, e que pertenciam às freguesias da cidade: tem por limites o rio e os limites das freguesias circunvizinhas. 

Castelo Viegas

A origem do topónimo de Castelo Viegas remonta a 1122, derivando o seu nome de Castel, referente a uma torre de defesa medieval, situada num ponto dominante do lugar, de que já não há vestígios, e Venegas, do senhor Salvador Viegas, que em 1159 doou a sua herdade ao Mosteiro de S. Jorge. 
 
O povoamento desta área é concentrado, notando-se, no entanto, alguma dispersão ao longo da rede viária. O número de edifícios da freguesia é de 584, correspondendo a 676 alojamentos, distribuídos por 569 famílias.
 
Castelo Viegas é rica no capítulo do património edificado, impondo-se a Igreja Matriz de Castelo Viegas e o Mosteiro de S. Jorge de Milreus, tendo estes monumentos sido recentemente elevados a património classificado de interesse público. 
 
A Igreja Matriz de Castelo Viegas data do séc. XVI, sendo um templo de inegável beleza dedicado a Santo Estevão. É de estilo popular renascentista possuindo peças de arte sacra notáveis como uma Pietá, um crucifixo de grandes dimensões e a figura de Santo Estevão. O espaço interior está decorado com azulejos azuis e brancos, da segunda metade do Séc. XVIII, de fabrico coimbrão.
 
O Mosteiro de S. Jorge de Milréus foi fundado na primeira metade do século XII, pelo Diácono Salvador Guimarães. Destaca-se o claustro, a casa prioral, e o refeitório. Os azulejos são azuis e brancos, dos Sécs. XVII e XVIII. A Igreja do Mosteiro data de meados do Séc. XVII, sobressaindo a tela que representa S. Jorge.
 
Com a extinção das ordens religiosas passou a propriedade particular e é onde se encontram actualmente as instalações da Escola Superior Vasco da Gama.
 
Outros monumentos de referência, se bem que não tão ricos em termos patrimoniais, são o Cruzeiro (séc. XVII), a Capela de S. Pedro (séc. XVI), a Capela de Santa Luzia (séc. XVI), assim como a casa e a capela da Quinta da Conraria (séc. XIX).

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